segunda-feira, 25 de abril de 2011

EVENTOS SPECTRE SWS


Santuário de criaturas nocturnas que se movem pelos recantos da sensualidade e do erotismo a SPECTRE surgiu inicialmente como um produto da mente de Ian Fleming e organização criminosa arqui inimiga do império Britânico e alvo principal das missões de James Bond, imortalizado como 007.

No contexto do espaço que criámos, tendo por meio de expressão inicial os blog´s SPECTRE, assume-se como uma forma de convívio adulto, sofisticado, culto e liberal onde o participante actua como um elemento activo á margem das convenções sociais no domínio do sexo e do erotismo.

O sexo e o erotismo como meio de auto conhecimento desempenham na nossa perspectiva um papel fundamental quer este seja praticado individualmente, na intimidade do casal, entre casais ou pessoas do mesmo sexo e ainda numa perspectiva mais ampla, ou seja, em grupos.

Não pretendemos que a SPECTRE se assuma como uma iniciativa com fins comerciais mas sim e somente como uma forma de expressão cultural, artística e sexual muito embora de momento seja inevitável a contribuição de patrocinadores, patronos e convidados que se revêm na organização, orientação e ideias desenvolvidas.

Eventos liberais, encontros temáticos, performances artísticas, criações originais, debates e exposições serão o fundamento da Organização.

Convidamos assim todos os interessados a acederem ao endereço
http://spectre-sws.blogspot.com entrando directamente na nossa imaginação e desse modo viverem esta "utopia" que embora possa culminar na partilha de momentos de extrema intimidade e entrega é especialmente a celebração da liberdade individual e do erotismo liberal.

Jvlius No










sexta-feira, 8 de abril de 2011

TESÃO


Tesão Fico disforme, Fico baço, escarlate, Firme virtude Disposto como o aço, Flexível fruto. Maduro! Estação tempestiva, abrupta Caminho sem retorno, Chave-mestra, perdição, Fermento no espaço, Solfejo no vazio, Encaro e refaço, Sem freio desafio, Canto odes, ameaço, Não desisto, arrepio, Jorro suores, calafrio, Perco o norte, esvazio. M5B, 2010-08-02


segunda-feira, 10 de maio de 2010

O DIVINO

A figura do divino ocupa uma presença objectiva na consciência de todos. Ela representa uma ideia não de uma entidade superior e subjacente á “Criação” mas sim de um estado específico onde o prazer ocupa uma nova interpretação dimensional. Esse limite, ou horizonte, da percepção, revela um espaço e um tempo onde todas as possibilidades se ampliam e podem realizar.


Mas tal como um musculo necessita de um esforço constante para se desenvolver e aumentar a sua capacidade para exercer a sua função o cérebro exige do seu utilizador o mesmo investimento. Alimentar um cérebro não é todavia o mesmo que aumentar o poder de um músculo. O cérebro não é, no essencial, um órgão mecânico. A sua tecnologia utiliza a electricidade e os fluidos cerebrais para o transporte e processamento da informação através de elementos físicos que servem de suporte às inúmeras solicitações.
Esta poderosa capacidade fisiológica não seria por si só eficiente no cumprimento da sua missão se omitíssemos a informação que esse órgão retém. Existe inclusive uma inter-relação entre o volume de informação que um cérebro pode reter e o seu poder. São conhecidos os magníficos feitos de alguns dos maiores cérebros mamíferos que com a sua contribuição promoveram o progresso da raça humana e em consequência disso, o seu domínio sobre as outras formas de vida que habitam o planeta.


Einstein, Aristóteles, Sócrates, Confúcio, Mozart, Almada Negreiros, Madame Curie, Copler, Galileu, Leonardo Da Vinci, Fernando Pessoa, entre muitos outros, trouxeram assombro, progresso e visão em direcção a um futuro que imaginavam mas que era inacessível ao resto das pessoas por não terem o “músculo” necessário para chegarem até ele. E tudo isto apenas com um cérebro e milhões dados arquivados.


Sem informação, sem um interesse e curiosidade naturais, sem direcção, sem empenho e finalmente sem coragem dificilmente teríamos deixado o “conforto” das árvores e conquistado a supremacia da Terra.


O entendimento liberal do relacionamento entre pessoas tem exactamente o mesmo processo evolutivo que desde o momento da gestação confere uma forma, uma orientação e um resultado final que em conjugação permite criar a percepção e o prazer, ou não, animando o interesse dos seus seguidores fiel á medida do seu nível intelectual.


Facilmente se observa essa circunstância se nos movermos através dos meios onde se reúnem os praticantes do Swing. O contexto actual do Swing fornece uma clara visão desta ideia porque apresenta em muitos casos o paradigma da desigualdade, da falta de informação contextual e da falsa orientação sexual. Em muitos casais o Swing torna-se não uma plataforma de equilíbrio onde se promove e reforça a união entre homem e mulher mas sim uma mescla de interesses, por vezes opostos, em que o homem pode ter outras mulheres com o consentimento da sua esposa e a mulher salvar uma relação cujos alicerces se desvaneceram.

Outras ideias subjacentes passam pela obtenção de prazer meramente físico, fugaz e momentâneo sem nenhuma direcção, princípio original ou reflexo evidente no crescimento individual e colectivo. Sexo, tal como a analogia entre o músculo e o cérebro pode ser obtido e mesmo adquirido com esforço nesse caso financeiro e dessa forma percepcionado como um músculo sente uma carga, mas erotismo e sensualidade são uma dimensão do divino que todos nós transportamos mas que nem todos alcançamos.

Raramente encontro pessoas despertas para esta clara ideia que é o contributo da inteligência, dos mecanismos cerebrais e da informação na realidade da vida íntima embora pensem compreender os seus desejos e fantasias. Observo que o princípio que move a maioria dos frequentadores dos Clubes Eróticos, cujo crescimento tem vindo a subir como suporte aos novos interesses e orientações da “modernidade”, se baseia num ideal de juventude, de obtenção de sensações vibrantes e atenções corporais de terceiros e de desconhecidos perante os quais nutrem atracção física.


Se retirarmos a juventude, a beleza que esse estado naturalmente projecta e colocarmos o efeito da idade dentro da fórmula, pressionarmos o botão da máquina do tempo, e colocarmos as mesmas pessoas nos mesmos clubes e nas mesmas parcelas de espaço-tempo seria interessante observar os resultados.


Objectivamente a sensualidade e o erotismo não se submete ao banal da pornografia, nem ao recente facilitismo dos encontros casuais, porque o seu entendimento pleno passa fundamentalmente pela magia pessoal, pelo estado evolutivo do homem e, ou, da mulher, de ambos, ou de um grupo de pessoas unidas pela cumplicidade e pela inteligência que os define, aproxima e promove mediante a sua projecção divina, afastando-os das limitações do decaimento físico, dos efeitos da idade e da beleza convencional imposta pelas convenções sociais.


J.N.

domingo, 11 de abril de 2010

EROTISMO

“O conhecimento e a inteligência não são perigosos se tiverem suficiente emotividade e suficiente sexualidade para se manter em movimento” Anaïs Nin

Erotismo. A simples palavra acende os sentidos e acicata a libido humana. Analogamente somos a única raça á superfície do planeta que utiliza esse imaginário da mente para comunicar um estado de latência íntima e sexual.

O cérebro humano encontra-se estratificado em 3 níveis distintos, interdependentes mas em situações pontuais independentes. O cérebro reptíleano, o límbico e o neo-córtex. O primeiro acciona os movimentos instintivos e totalmente mecanizados, o segundo processa as emoções e o final as decisões e orientações racionais. Se estabelecermos uma ponte com a dimensão erótica do inter-relacionamento que se estabelece entre os indivíduos, sempre que se colocam nesse plano, pode-se criar um esquema invertido dessa configuração cerebral dado que a consequência limite desse patamar emotivo seria o sexo onde o primeiro cérebro se evidencia perante os restantes. A abrangência, alcance e poder do erotismo é linearmente impossível de conter. Por essa razão ele domina sobre muitas práticas e actividades humanas, quer como ícone de produtos comerciais, catapulta e modelo de sucesso (veja-se a profusa utilização de atletas, pelas marcas de topo, em clara evidência sexual), estímulo dos limites físicos e do instinto de combatividade (utilização de animadoras generosamente semi-desnudadas nas claques desportivas) e, entre muitos outros exemplos, associação de belas mulheres nas vendas de bens largamente adquiridos por homens (Veículos motorizados, cigarros, perfumes, acessórios de moda, ourivesaria, etc.).

Mas se somos continuamente puxados, pressionados e empurrados pelos mecanismos do erotismo é perturbador ver que no essencial somos profundamente desinformados em relação ao tema. E não será apenas pelo teor ostensivamente sexual das imagens e apelos da informação que nos rodeia.

O centro desse fenómeno tão generalizado reside nas lacunas culturais, educacionais e interpessoais que condicionam e reduzem a fruição equilibrada e profícua do erotismo. A limitação e parcialidade com que se debate o assunto cria constantemente uma redundância que reduz e empobrece o seu alcance e beleza. A arte no entanto parece ter-se distanciado desse lugar-comum que submete e quase anula o erotismo, ou seja o sexo.

Na generalidade a pintura, a escultura, o design, o ensaio, filme, livro ou manifestação de teor artístico, reconhecida como tal, recorrem constantemente ao Erotismo desde que foi concebido esse canal de comunicação que é a Arte. Picasso, Dali, Man Ray, Miguel Ângelo, Leonardo Da Vinci, Botticeli, mencionando apenas alguns dos génios criadores que conhecemos, representaram amplamente os seus universos recheando-os de tons, texturas e odores que nos embriagam o cérebro transportando-nos para um palco de liberdade e limite onde todos os desejos e fantasias podem alcançar uma consequente realidade.

Neste ponto deve-se ressalvar que quando me refiro á Arte penso na Boa Arte e seguindo a mesma ideia de distinção coloco igualmente o Erotismo. A Boa Arte tem na sua origem o talento, a originalidade, a capacidade de transfigurar o real, de o dissecar com as emoções para o representar como alternativa á rotina habitual que são as imagens, reflexos e registos desse real. O Bom Erotismo evidencia igualmente os mesmos fundamentos destacando-se claramente da pornografia, da provocação gratuita e dos caminhos fáceis onde emerge o sexo efémero, limitador e dormente.

Seguindo estas ideias simples, com abertura, objectividade, respeito e sentido de oportunidade, pretende-se que este espaço dê berço á publicação e partilha de informações de natureza erótica implícita e explicita apelando á participação de todos aqueles que se revêem numa ideia universal, diferenciada, transparente e solidamente construída do Erotismo.

J.N.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sexo Profícuo, Entrega, Consumação, Tentação, Realização e Erotismo

A SPECTRE teve o seu primeiro aparecimento no romance de Ian Fleming, Thunderball, de 1961. No cinema, a palavra surgiu apenas no primeiro filme da série 007, Dr. No (1962) onde o vilão apresenta ao agente de sua majestade (Sean Conery) a organização que lidera.
A sua ultima aparição nos filmes (oficiais) de James Bond foi em “Diamonds Are Forever” (1971) onde James Bond esmaga o veículo onde se encontrava Blofed contra uma torre. Uma década depois, em “For Your Eyes Only” resurge uma personagem que dá indícios de ser claramente Blofeld, tentando matar Bond controlando remotamente o seu helicóptero. Em “Never Say Never Again” a SPECTRE e Blofeld regressam para extorquir dinheiro aos EUA e outras nações. O futuro da SPECTRE e de Blofeld fica entretanto indefinido. Nos finais dos anos 90 SPECTRE e Blofeld iriam regressar novamente aos cinemas num 2º remake de Thunderball, num filme com o título Warhead 2000 A.D. mas a justiça americana não permitiu a McClory e á Sony Pictures a execução do seu projecto.

O nome original dessa organização criminosa, imaginada por Ian Fleming, SPECTRE tinha então o seguinte significado; SPecial Executive for Counter-intelligence, Terrorism, Revenge and Extortion.

A natureza subterrânea, marginal e desalinhada desta organização motivou a inspiração do conceito de convívio estruturado para servir os desejos daqueles que se revêem numa forma alternativa da sua vivência erótica.

É desse modo, e encarando esse pressuposto que concebemos os eventos com o estandarte SPECTRE – Sexo Profícuo, Entrega, Consumação, Tentação, Realização e Erotismo.

A exploração de universos subversivos, socialmente marginalizados e alheios á ordem vigente são conscientemente o nosso maior desígnio. De certo modo trata-se do ensaio da criação de algo que muito embora não seja passível de ser classificado como criminoso reflecte uma forma de estar pouco aceite pelo modelo de sociedade dominante.

Nesse sentido, e tendo em conta a forte carga erótica do mítico Vilão do primeiro file da série James Bond, Dr. No, bem como de todos os filmes subsequentes, centralizamos a nossa orientação estética tendo por referência a magia da 7.ª Arte subvertendo e ampliando aquilo que se tornou um ícone do género.

Não pretendemos apenas estimular a convivência dos frequentadores e seguidores destes encontros, acontecimentos e manifestações de natureza erótica, quer se inscrevam no domínio Swing ou Gay, Hetero ou Bisexual, Dominação etc., mas sim expor abertamente formas e formatos de expressão enquadradas sob um tecto de animação, fundados num ideal de harmonia e excelência.

Ambicionamos a criação de um grupo restrito de vontades orientadas para as temáticas do Erotismo, com determinação, paixão e cultura, mas também pela discussão de obras de arte, manifestações dramáticas contextualizadas na temática, performances transformistas intimistas, streep e outros acontecimentos complementares do conceito subjacente á SPECTRE.

Poderão estabelecer um paralelismo com as discussões de alcance mais ou menos temática habitualmente conhecidas como tertúlias embora aqui se pretenda a conjugação de uma interligação física através do veículo físico que é o corpo

Na nossa companhia encontrarão um santuário de veneração ao Amor Erótico, com a vossa presença honram a coragem libertadora de quem sabe assumir com desejo os domínios da sedução, de receber e dar e, no fundo, ser inteiramente completo.

Bem-haja quem assim existe e sejam bem-vindos.

Jvlius No